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Já falámos no blog como correr é uma óptima actividade física para quem quer perder peso. Mas a verdade é que correr não serve só para essa perda inicial, mas pode servir essencialmente para mantermos uma actividade permanente de manutenção física. Neste sentido, a corrida regular pode (e serve) para mantermos o nosso peso.

 

Muito gradualmente, penso que a corrida é um método excelente para atingir o nosso peso ideal. Mas tenham em atenção que nada é conseguido sem esforço e terá de haver uma alimentação mais racional (sobretudo com poucos açucares) que acompanhe o esforço físico. Não vale de muito correr se continuamos a consumir mais calorias do que conseguimos gastar.

 

Penso que é importante reforçar que correr de modo regular nos ajuda e isso motiva quem gosta de correr, porque desta maneira a corrida não é vista como uma actividade forçada, mas sim como um processo que nos recompensa e que vai regulando a química do nosso corpo e optimizando o nosso metabolismo natural. Por isso é tão importante continuar a correr como começar a correr. O início é essencial, mas é igualmente importante continuar os treinos e inserir a corrida no nosso quotidiano, de modo a que não possamos passar sem ela (nós e o nosso corpo).

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publicado às 09:28

Música para correr: os melhores mp3

por CityJogger, em 31.03.10

 

A música é algo que acompanha naturalmente os joggers nas suas corridas. Ajuda-nos a relaxar e a entrar na nossa "zona", um espaço em que só existimos nós, a corrida e a estrada.

 

Cada corredor é único, na maneira como escolhe a sua música para ouvir ao correr. Há quem prefira mp3, outros usam rádio, há quem só consiga correr com música calma, outras pessoas é o oposto, só correm com música muito ritmada. Enfim, temos de compreender que cada corredor é um caso.

 

No entanto não resisto em fazer algumas "recomendações". Quando me lembrei de escrever sobre este tema, recordei um exemplo óbvio: LCD Soundsystem. Para quem não sabe, esta banda recebeu uma encomenda da Nike em 2007 para escreverem um tema longo, dedicado exclusivamente a quem ouve música enquanto corre. Quem estiver interessado pode fazer o download da música aqui.

 

Só por curiosidade posso dizer que eu prefiro o rádio ao mp3, simplesmente porque cansa um pouco estar a pensar (e saber) que músicas se vão ouvir com antecedência. No meu caso consigo relaxar muito mais se for surpreendido pela música do rádio. Costumo ouvir a Oxigénio enquanto corro e estou bastante satisfeito :)

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publicado às 11:32

O que comer antes de correr

por CityJogger, em 29.03.10

 

Há uma grande desinformação sobre o que comer antes de correr. Penso que isso se deve sobretudo ao passa palavra entre corredores (e não corredores). Penso que só numa coisa todos podemos concordar: comer e ir logo correr é má ideia :)

 

Devo dizer que, baseado apenas na minha experiência pessoal, eu não sinto necessidade de comer uma hora antes de ir correr, para que os meus níveis de energia estejam elevados. Mas compreendo que possa ser diferentes para outras pessoas e não me atrevo - neste caso - a dar um conselho genérico que pode ser perigoso para alguns de vocês. O que aconselho é que se guiem pelas necessidades que sentem no vosso próprio corpo. Se sentem que precisam de mais energia durante o vosso treino, comam alguma coisa (um sumo e uma torrada por exemplo) uma hora antes do início do exercício físico.

 

No entanto, para quem está em dieta, é preciso avisar que em dias de corrida é melhor ter um almoço mais substancial, rico em hidratos de carbono, para que não corramos o risco de "colapso". A corrida impõe um stress positivo ao corpo, mas obriga a um grande consumo de energia num curto espaço de tempo, pelo que é bom estarmos habituados a providenciar essa energia ao corpo antes de correr, nos níveis estritamente necessários. Comidas leves e de fácil digestão são sempre as melhores.

 

Já depois de correr, o essencial é a hidratação. Claro que há várias bebidas e barras energéticas, que prometem a completa restauração dos níveis de energia do corpo, mas penso que elas são, no essencial, desnecessárias. Água é o essencial, pelo menos um ou dois copos, logo a seguir ao esforço físico. Mas se o seu treino for prolongado (+10km), talvez seja também seja boa ideia parar para beber durante o treino.

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publicado às 09:04

 

 

Segundo um estudo recente, conduzido com 500 participantes, os benefícios advindos de actividades físicas como o jogging, a natação ou mesmo exercícios de ginásio só beneficiam cerca de 80% da população. Há portanto cerca de 20% da população que, geneticamente, não poderá tirar benefícios directos da actividade física regular.  

 

Nessas pessoas, o exercício não conseguirá ajudar a evitar doenças como a diabetes ou doenças cardiovasculares degenerativas. 

 

Penso, no entanto, que todas as pessoas, quer possam ou não tirar vantagens directas da prática regular de exercício físico, podem obviamente aproveitar as vantagens indirectas, por exemplo na redução de stress e no combate ao sedentarismo, que tanto mal faz ao corpo e à mente. Por isso este estudo não retira em nada a nossa vontade de divulgar o jogging como uma actividade saudável, recomendada à maioria da população nacional, que não tenha outros problemas de saúde debilitantes que a impeçam de correr. 

 

 

 

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publicado às 14:37

 

 

O título deste post pode ser considerado um pouco enganador. Na verdade eu não posso oferecer nenhuma solução mágica para deixarmos todos de ter lesões relacionadas com o esforço físico. No entanto, há uma solução natural para corrermos melhor - e quando digo melhor, estou a referir-me a corrermos de modo mais natural, fisiologicamente mais adequado. 

 

Mas antes de entrar no assunto propriamente dito, há que falar da maneira como um jogger habitualmente corre. Um jogger "normal" tem a tendência a fazer o seguinte:

  • Comprar ténis com muito suporte (leia-se borracha) na sola, sobretudo na área do calcanhar. Supostamente o suporte extra (que pode inclusivé incluir molas!) ajuda o pé a suportar o impacto do calcanhar com o solo. 
  • Correr suportando a passada no calcanhar - ou seja, iniciar a passada com um primeiro contacto ao solo na parte anterior do pé e só depois deixando cair o pé para a frente. Isto leva a que as forças sejam absorvidas sobretudo pelo calcanhar e pelo esqueleto ligado ao calcanhar (e mais acima, aos joelhos e ancas). 

Durante muitos anos não houve grande discussão sobre este modo de correr. Parecia natural que quanto mais almofadado fosse o ténis de corrida, menos impacto se sofreria da passada, ao ponto de um dia caminharmos nas nuvens, sem sentir a estrada... 

 

Claro que isso nunca aconteceu. O que aconteceu foi os corredores continuarem a lesionar-se, por mais sofisticados que os sapatos de corrida fossem. As lesões mais comuns, nos joelhos, aumentaram mesmo ao longo dos anos, à medida que a tecnologia dos ténis também aumentava. 

 

Recentemente, e combatendo esta tendência, apareceu um grupo denominado de "minimalistas", que defendem a corrida com passada natural e advocam mesmo (os mais radicais) que corramos descalços! 

 

Pode parecer chocante. Mas basta dizer-vos que uma certa senhora chamada Paula Radcliff tornou-se fã deste tipo de corrida, preparando os seus treinos em relva. Porquê relva? Porque a relva é claramente o melhor piso para corremos descalços (ou com ténis minimalistas, como os Nike LunnarLite). 

 

Então e nós, que não somos como a Paula, o que podemos fazer?

 

Simples. Podemos potenciar os mesmos princípios e evitarmos lesões: 

  • Correndo com sapatos pouco almofadados. Aconselhos os Lunar Glide ou outros parecidos. Há quem vá mesmo ao eBay procurar ténis antigos, que tinham muito menos protecção. Isto potencia a passada natural do pé. 
  • Podemos treinar descalços na relva. Isto melhora os nossos músculos do pé (sobretudo por debaixo do pé). 
  • Podemos usar uma passada forefoot - ou seja, não iniciarmos a passada com o calcanhar, mas com a parte posterior do pé. O modo mais natural de correr é evitando que o calcanhar toque sequer o solo durante a passada!

Mas atenção: quem quer mudar de passada tem de ter em atenção que este é um processo perigoso, que deve ser empreendido com todo o cuidado.

 

O corpo está habituado a uma determinada maneira de correr e mudar repentinamente pode fazer mais mal do que bem. Por isso mesmo, é preciso fazer a mudança de passada progressivamente. Por exemplo nas primeiras sessões, correr apenas um terço da mesma em forefoot e depois ir aumentando a frequência. Falo por experiência própria, porque ao mudar de passada lesionei-me nos gémeos com alguma gravidade. 

 

Mas teremos oportunidade de voltar a este assunto, que para mim é simplesmente fascinante e está na ordem do dia a nível mundial.

 

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publicado às 09:33

Mitos do Jogging - I - Joelhos

por CityJogger, em 29.01.10

 

Há muitos mitos sobre correr, sobretudo do que pode correr mal a quem corre regularmente. 

 

É para combater estes mitos que começamos hoje uma série de posts dedicados a esclarecer e informar aqueles que correm ou pretendem correr no futuro e provar que este desporto tão democrático pode ser praticado (quase) sem riscos. 

 

Mito

 

Correr faz mal aos joelhos

 

Resposta:

 

É mentira. Um estudo de 2009 provou que os maratonistas, ao fim de 10 anos de corrida, mantinham os joelhos mais saudáveis. Ou seja, a corrida tinha-os ajudado. 

 

O mito surge geralmente porque muitos corredores usam uma passada errada e não procedem a aquecimentos correctos, e isso pode originar lesões dolorosas nos joelhos - sobretudo tendinites e outras lesões de esforço. Correndo com uma passada frontfoot, o impacto não é tanto suportado pelos joelhos, mas pela musculatura da perna, transferindo a força de impacto e diminuindo o stress no esqueleto. 

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publicado às 11:24

Qual é a melhor altura do dia para correr?

por CityJogger, em 25.01.10

 

 

A melhor altura para ir correr depende sobretudo de dois factores essenciais:

  • Resistência/sensibilidade ao calor e ao frio
  • Condições atmosféricas gerais do dia

Pessoalmente eu acho que a melhor hora será aquela em que se registe uma temperatura mais amena, o que geralmente acontece pela manhã (9h ou antes) ou pelo fim da tarde (17h-18h). Claro que há joggers mais sensiveis que outros ao frio e ao calor. Seja como for não é aconselhável correr com frio intenso - piora sobremaneira a absorção de oxigénio nos pulmóes, dificultando a respiração - nem com calor intenso, que provoca desidratação. 

 

Cada jogger é um caso, mas é essencial compreender e "ouvir" o corpo. Se um jogger se sente mais confortável a correr a determinada hora, aconselho vivamente que essa hora seja mantida ao longo das sessões semanais, de modo a que o corpo se habitue a correr nessas condições. Os músculos têm uma memória muito sensível e facilmente a mudança de horário (e de condições) pode ocasionar lesões complicadas. 

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publicado às 11:54

Estudo revela que correr ajuda a memória

por CityJogger, em 23.01.10

Rato a correr

 

Investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostraram que, em ratos adultos, correr algumas vezes por semana estimula o cérebro e pode ter um grande impacto na neuroactividade humana. Correr de forma regular parece provocar o aparecimento de centenas de milhares de novas células no cérebro, nas áreas ligadas à memória. 

 

Pessoalmente penso que este facto estará ligado a funções primordiais da biologia humana. Há diversos estudos que provam que o homem primitivo caçava sobretudo usando a corrida, perseguindo animais e cansado-os literalmente até à exaustão. O facto do homem moderno melhorar a sua saúde a correr não deve por isso ser uma grande surpresa!


A este propósito - do homem primitivo enquanto caçador-corredor - não posso deixar de recomendar o excelente livro "Born to Run: A Hidden Tribe, Superathletes, and the Greatest Race the World Has Never Seen"

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publicado às 16:17


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Nuno Hipólito

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