Saltar para: Post [1], Comentários [2], Pesquisa e Arquivos [3]
O título deste post pode ser considerado um pouco enganador. Na verdade eu não posso oferecer nenhuma solução mágica para deixarmos todos de ter lesões relacionadas com o esforço físico. No entanto, há uma solução natural para corrermos melhor - e quando digo melhor, estou a referir-me a corrermos de modo mais natural, fisiologicamente mais adequado.
Mas antes de entrar no assunto propriamente dito, há que falar da maneira como um jogger habitualmente corre. Um jogger "normal" tem a tendência a fazer o seguinte:
Durante muitos anos não houve grande discussão sobre este modo de correr. Parecia natural que quanto mais almofadado fosse o ténis de corrida, menos impacto se sofreria da passada, ao ponto de um dia caminharmos nas nuvens, sem sentir a estrada...
Claro que isso nunca aconteceu. O que aconteceu foi os corredores continuarem a lesionar-se, por mais sofisticados que os sapatos de corrida fossem. As lesões mais comuns, nos joelhos, aumentaram mesmo ao longo dos anos, à medida que a tecnologia dos ténis também aumentava.
Recentemente, e combatendo esta tendência, apareceu um grupo denominado de "minimalistas", que defendem a corrida com passada natural e advocam mesmo (os mais radicais) que corramos descalços!
Pode parecer chocante. Mas basta dizer-vos que uma certa senhora chamada Paula Radcliff tornou-se fã deste tipo de corrida, preparando os seus treinos em relva. Porquê relva? Porque a relva é claramente o melhor piso para corremos descalços (ou com ténis minimalistas, como os Nike LunnarLite).
Então e nós, que não somos como a Paula, o que podemos fazer?
Simples. Podemos potenciar os mesmos princípios e evitarmos lesões:
Mas atenção: quem quer mudar de passada tem de ter em atenção que este é um processo perigoso, que deve ser empreendido com todo o cuidado.
O corpo está habituado a uma determinada maneira de correr e mudar repentinamente pode fazer mais mal do que bem. Por isso mesmo, é preciso fazer a mudança de passada progressivamente. Por exemplo nas primeiras sessões, correr apenas um terço da mesma em forefoot e depois ir aumentando a frequência. Falo por experiência própria, porque ao mudar de passada lesionei-me nos gémeos com alguma gravidade.
Mas teremos oportunidade de voltar a este assunto, que para mim é simplesmente fascinante e está na ordem do dia a nível mundial.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.