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Se são como eu, já perderam muito tempo à procura do leitor mp3 ideal para usar em corrida. Existe uma vasta escolha no mercado mas, na minha opinião, é uma escolha delimitada muito por baixo, com imensos leitores baratos e de má qualidade e/ou inadaptados para joggers.
Antes de comprarmos o que será uma peça essencial para a nossa performance em corrida, temos de pensar em alguns requisitos:
Não vou incluir nas minhas referências os sistemas integrados leitor/equipamento, como o Nike+. Vou apenas focar-me em leitores de mp3 individuais, com o máximo de funcionalidades e o mínimo de peso. E penso ter já alguma experiência a este respeito porque, sem exagero, já há 2/3 anos que andava à procura de um leitor ideal e apenas o achei há alguns dias. Por isso a vonta de partilhar agora no blog!
A leveza é essencial porque queremos carregar o menos possível ao correr. Quanto à capacidade isso poderá variar de acordo com cada jogger, mas penso que 2/4gb é o razoável. Quanto à ergonomia, um clip para prender à roupa é essencial. Funcionalidades: ler pelo menos mp3 e wma e se tiver rádio fm é um plus (para mim é essencial o rádio, para outros joggers pode não ser). Claro que o preço deve ser razoável, penso que à volta de 40/50€. Por fim, um design agradável é sempre bom.
Agora... o problema é onde achar um leitor assim...
A visita às lojas tradicionais, Worten, Fnac, Vobis, etc... foi o meu primeiro passo. Depois passei pela fase do desespero, onde fui a lojas de electrodomésticos, mas ainda nada. Por fim, virei-me para a Internet e mesmo assim não foi fácil. Mas lá encontrei um leitor que entrou dentro de todas as categorias requisitadas e tenho o prazer de o anunciar:
Chama-se Philips GoGear 2Gb! Vem em muitas cores, mas eu escolhi o preto, por ser uma cor mais discreta e universal. A compra foi efectuada na Pixamania, que penso ser a única loja online em que ele está disponível actualmente (a Amazon UK também o vende, mas a minha compra não foi feita por erro da parte deles). Preço final (com entrega): perto dos 45€
A outra alternativa, para quem não precisa de rádio fm, é o iPod Shuffle. Consegue ser ainda mais pequeno e leve que o Philips (mas não por muito), mas é bem mais caro (perto de 80€ com entrega, ou cerca de 70€ na Fnac):
A escolha de calçado é, muito provavelmente, a escolha mais importante que um corredor pode fazer para proteger a sua saúde. Os pés são a parte do corpo que está em contacto permanente com o solo e a maneira como os pés entram em contacto e reagem com o solo reflecte-se, positiva ou negativamente, na saúde das pernas e mesmo do tronco.
Desde que há marketing desportivo a sério (fins dos anos 70) que as grandes marcas tentam "vender" os benefícios de ténis de corrida cada vez mais avançados. Há que lembrar que os ténis de corrida nos anos 70 e 80 eram bastante diferentes dos ténis de hoje. A grande diferença é que esses sapatos não tinham grande reforço de espuma na sola - eram ténis quase rasos!
Quem lê este blog com alguma regularidade poderá saber que eu defendo um estilo natural de corrida, em que se procura a posição natural do pé no impacto com o solo. Nos Estados Unidos esta corrente tem o nome de Zen Running ou Forefoot Running, em que o pé cai, primeiro com a parte da frente e nunca com o calcanhar no chão. Os defensores desta corrente dizem que um estilo de corrida natural (que se aproxima o mais possível de correr descalço) elimina quase por completo as lesões e aumenta a performance do corredor. Eles defendem também que qualquer lesão na parte inferior do corpo pode ser eliminada com corridas descalças em erva!
O marketing das grandes marcas, sobretudo durante os anos 90, levou a que os ténis de corrida sofressem uma evolução perniciosa, com um aumento de características que os tornavam atraentes para os corredores amadores. Um ténis simples não vendia - essa era a realidade do mercado inundado por diversas marcas que competiam pelas mesmas vendas. E então surgiram ténis cada vez mais "artilhados", com solas enormes, e mesmo com sistemas de molas e chips electrónicos!
Hoje em dia observa-se um "regresso ao passado", aos ténis mais simples dos anos 70 e 80, com pouco reforço de espuma, e que permitem uma passada mais natural e muito menos acolchoada.
O ideal seria mesmo corrermos descalços, mas, na impossibilidade de o fazermos, qual é então a melhor opção?
Temos de considerar que diferentes corredores têm diferentes necessidades. Mas há um princípio básico que eu aconselho seja seguido: escolham um par de ténis para correr que seja o mais leve possível e que tenha a sola (sobretudo ao nível do calcanhar) o menos possível acolchoada com espuma. Ténis leves e rasos são os ideais para corrida em piso regular como o alcatrão. Mas não demasiado rasos, porque poderão potenciar problemas na base do pé.
Vejamos uma opção de cada uma das marcas mais conhecidas de ténis:
Nike Lunnar Glide
São os ténis que eu uso. Leves e com sola pouco elevada (vejam como a sola é uniforme da ponta do pé ao calcanhar, proporcionando uma passada natural, que não potencia um primeiro contacto ao solo com o calcanhar). Sinceramente tenho tido excelentes resultados com eles e estou muito satisfeito, embora pudessem ser ainda mais leves. Mas são um excelente compromisso entre rigidez e leveza.
Adidas adiZero
Os melhores ténis de "passada natural" da Adidas são o adiZero. São ténis muito leves e desenhados para quem quer ter uma passada midfoot (meio do pé) ou forefoot (parte da frente do pé). Ou seja, são desenhados também para evitar que a passada comece com o calcanhar, o que potencia uma passada mais natural e com menos lesões.
Newton Running
Como outsider (sobretudo porque não há venda directa em Portugal) temos ainda de mencionar a Newton Running, que faz produtos específicos para corrida forefoot running. São ténis bastante caros e específicos, mas vale a pena ver o site deles e analisar a oferta.
Em conclusão, o melhor mesmo é experimentar e procurar um modelo que lhe sirva a si e que ache o mais confortável, tendo sempre em atenção os pormenores que pude explicar neste curto resumo: tente alcançar um misto de leveza e robustez que assegure uma passada confortável e natural, mas com algum (mas não muito) suporte.
Boas corridas!
Não é segredo nenhum que eu sou um corredor "amador". Não tenho a arrogância de pretender ser nada mais do que isso e orgulho-me de escrever sobretudo acerca daquilo que fui (e vou) aprendendo sozinho sobre a corrida, que penso ser um desporto sobretudo solitário, embora possa e deva ser apreciado em grupo.
Digo isto porque o meu "regime" de corrida não impressiona nenhum profissional. Costumo correr duas vezes por semana, e, até há pouco, fazia uma corrida de 30m e outra de 1 hora. Pois bem, desde há umas semanas aumentei a corrida de 30m para uma corrida de 1 hora também. Sendo que - ao mesmo tempo - consegui perder algum peso e comecei a fazer exercícios para a parte superior do corpo, o facto é que a minha performance melhorou bastante.
Estar mais leve é provavelmente o melhor que podem fazer para a vossa performance de jogging. Sejamos claros - nós carregamos o nosso próprio peso ao correr, portanto quanto menos pesarmos, menos temos de carregar. E apenas alguns quilos podem fazer toda a diferença! Eu notei muito isso com uma perda de 2/3 quilos, em simultâneo com um aumento da carga física regular.
Escrevo agora sobretudo para aqueles que lêem este post e que têm uma rotina de corrida já muito fixa. Pensem seriamente em melhorá-la, com aumento de distâncias ou de tempo e vão ver que não se arrependem. Este aumento é positivo para quem já corre há algum tempo, mas não é necessariamente um profissional - tal como eu. Se já correm há uns anos, estão habituados a correr e pretendem um aumento de performance (resistência e perda de peso) experimentem aumentar a vossa distância. Basta fazer como eu e por exemplo dobrar o tempo de uma das vossas sessões de treino. Vale bem a pena e é um acréscimo de esforço que o vosso corpo vai aguentar.
Claro que é preciso ter cuidado. Falo para aqueles que não têm já uma carga muito elevada (1h ou menos, 3 vezes max. por semana). Se já tem uma carga elevada poderá correr riscos de lesões ou carga cardíaca demasiado forte e nesse caso será sempre positivo visitar o médico de família e pedir-lhe um conselho profissional.
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