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Já estão abertas as inscrições para a 20.ª edição da Meia Maratona de Lisboa EDP, que atravessa a Ponte 25 de Abril. A conta prova com várias modalidades:
Haverá ainda uma prova Meia-Maratona Elite, destinada apenas a corredores com tempos mínimos obrigatórios, que tem linha de partida em Algés e não atravessa a Ponte 25 de Abril.
A prova é a 21 de Março, por isso quem estiver a pensar ir, deve começar o mais rápido possível a sua preparação. O essencial é fazer um calendário com distâncias que comecem a aproximar-se da distância que se pretende percorrer, de modo a que, no dia da corrida, não haja um grande choque e falta de resistência. Devemos sempre ter em conta que há distâncias para todo o tipo de corredores e é preciso ter consciência da nossa distância ideal - normalmente não muito longe da nossa distância habitual de treino.
Há muitos mitos sobre correr, sobretudo do que pode correr mal a quem corre regularmente.
É para combater estes mitos que começamos hoje uma série de posts dedicados a esclarecer e informar aqueles que correm ou pretendem correr no futuro e provar que este desporto tão democrático pode ser praticado (quase) sem riscos.
Mito:
Correr faz mal aos joelhos
Resposta:
É mentira. Um estudo de 2009 provou que os maratonistas, ao fim de 10 anos de corrida, mantinham os joelhos mais saudáveis. Ou seja, a corrida tinha-os ajudado.
O mito surge geralmente porque muitos corredores usam uma passada errada e não procedem a aquecimentos correctos, e isso pode originar lesões dolorosas nos joelhos - sobretudo tendinites e outras lesões de esforço. Correndo com uma passada frontfoot, o impacto não é tanto suportado pelos joelhos, mas pela musculatura da perna, transferindo a força de impacto e diminuindo o stress no esqueleto.
Ao correr, sobretudo no Inverno e/ou com temperaturas mais baixas, é essencial ter várias opções para protecção térmica das pernas. Devido a questões de conforto, mas também de performance - músculos mais frios estão mais propensos a originarem lesões musculares.
Da minha observação - e experiência pessoal - é muito mais confortável correr com calções curtos (sem perna). São o melhor acessório, no que diz respeito ao baixo peso e pela maneira como não obstruem o movimento da perna junto à virilha. No entanto, no Inverno é essencial ter um bom par de calças de licra (como as da imagem), leves e que "respirem" devidamente. Todos os novos equipamentos possuem micro-furos no tecido que permitem a respiração da pele e evitam o desconforto do suor acumulado.
Para quem correr com sol, nada bate um bom par de calções leves.
Mas mais à noite é preciso equiparmo-nos com um bom par de calças leves, bem justas às pernas, de preferência elásticas. Podem não ser tão confortáveis, mas permitem correr em condições atmosféricas piores (vento e chuva) e proteegem os músculos do frio.
Vamos começar hoje uma série de posts dedicados ao equipamento de jogging/corrida.
Começamos com o equipamento mais essencial a um corredor: o calçado. E convém, desde já, esclarecermos que o CityJog é um blog ligado mais à corrente Forefoot Running, ou seja, acreditamos que é importante ter em consideração o seguinte:
Em resumo, os ténis devem proteger o pé, mas não devem alterar a biomecânica básica do mesmo. Demasiada espuma de apoio ao impacto, por exemplo, pode alterar a biomecânica da passada, originando lesões graves.
A questão é que o pé humano já é ideal para correr. E quando corremos descalços podemos observar que o apoio da passada é feito, não com o calcanhar, mas com a parte média ou posterior do pé. Isto leva a que o impacto da passada se transmita, não para os joelhos e ancas de forma directa, mas para os gémeos e outras musculatura, de forma gradual.
Pessoalmente, na compra de ténis para jogging, aconselho o menos apoio possível na sola. Aliás, os grandes fabricantes, como a Nike, já vendem calçado "minimalista", como os Lunar Glide por exemplo (na imagem). Estes ténis oferecem um "apoio natural" ao pé, não forçando a passada para um apoio no calcanhar. Isto minimiza as lesões e reforça um estilo de corrida natural.
Claro que joggers que não usem este estilo de corrida devem ter um grande cuidado quando evoluem para o mesmo. Mas em breve escreveremos sobre isso.
A melhor altura para ir correr depende sobretudo de dois factores essenciais:
Pessoalmente eu acho que a melhor hora será aquela em que se registe uma temperatura mais amena, o que geralmente acontece pela manhã (9h ou antes) ou pelo fim da tarde (17h-18h). Claro que há joggers mais sensiveis que outros ao frio e ao calor. Seja como for não é aconselhável correr com frio intenso - piora sobremaneira a absorção de oxigénio nos pulmóes, dificultando a respiração - nem com calor intenso, que provoca desidratação.
Cada jogger é um caso, mas é essencial compreender e "ouvir" o corpo. Se um jogger se sente mais confortável a correr a determinada hora, aconselho vivamente que essa hora seja mantida ao longo das sessões semanais, de modo a que o corpo se habitue a correr nessas condições. Os músculos têm uma memória muito sensível e facilmente a mudança de horário (e de condições) pode ocasionar lesões complicadas.
Investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, mostraram que, em ratos adultos, correr algumas vezes por semana estimula o cérebro e pode ter um grande impacto na neuroactividade humana. Correr de forma regular parece provocar o aparecimento de centenas de milhares de novas células no cérebro, nas áreas ligadas à memória.
Pessoalmente penso que este facto estará ligado a funções primordiais da biologia humana. Há diversos estudos que provam que o homem primitivo caçava sobretudo usando a corrida, perseguindo animais e cansado-os literalmente até à exaustão. O facto do homem moderno melhorar a sua saúde a correr não deve por isso ser uma grande surpresa!
A este propósito - do homem primitivo enquanto caçador-corredor - não posso deixar de recomendar o excelente livro "Born to Run: A Hidden Tribe, Superathletes, and the Greatest Race the World Has Never Seen"
Seja bem vindo ao CityJog, um blog dedicado a todos os que correm em cidade e que fazem da corrida o seu desporto de eleição. O CityJog é escrito por joggers, para joggers, e pretende ser um recurso útil com dicas, informações e novidades relacionadas com um desporto cada vez mais popular em Portugal.
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